O mês de Novembro foi marcado pela 17ª Edição do LEFFEST Lisboa Film Festival que teve lugar no Teatro Tivoli BBVA, Nimas e Cine-Teatro Turim, entre outros espaços da capital. Na programação houve espaço para antestreias, filmes em competição, retrospectivas, ciclos temáticos, entre outras sessões especiais.
Comecemos por destacar as antestreias. Poor Things foi exibido na cerimónia de abertura, no Tivoli. O vencedor do Leão de Ouro em Veneza foi visto por dois dos nossos críticos. Ao passo que Pedro Barriga elogiou a interpretação de Emma Stone e a direcção artística, David Bernardino achou o filme de Lanthimos uma experiência abominável. Afire, de Petzold foi recebido acaloradamente por Bruno Victorino enquanto outros dois críticos não se deixaram aquecer. Priscilla, que se foca na esposa de Elvis Presley, realizado por Sofia Coppola, foi recebido com agrado geral. May December, do realizador de Carol, oscilou entre o bom e o mau para David Bernardino e Rita Oliveira. Hit Man, novo de Linklater que lança Glen Powell para o estrelato, foi bem recebido, não indo abaixo do razoável, tal como Anatomy of a Fall, o vencedor de Cannes, que convenceu alguns e desiludiu outros.
Wim Wenders exibiu os seus novos dois filmes no festival, no mesmo dia. Perfect Days, o drama do dia a dia produzido no Japão, foi considerado uma obra-prima por parte de David Bernardino e Rita Oliveira, não tendo convencido na plenitude Pedro Barriga. Já Anselm, o arrepiante documentário 3D acerca da obra de Anselm Kiefer, foi igualmente considerado um grande filme. Hamaguchi veio a Lisboa para apresentar Evil Does Not Exist, que agradou de forma geral. Por fim Memory, de Michel Franco, não convenceu a Tribuna.
Na secção Em Competição, o vencedor Cerrar Los Ojos, de Victor Erice, foi considerado muito bom por Bruno Victorino e uma obra-prima para Gil Gonçalves. Paradise is Burning não convenceu Bruno e Rita, tal como MMXX que não foi além de um razoável.
Destaque ainda para a estreia da nova curta de Pedro Costa, As Filhas do Fogo, muito bem recebida. Vimos ainda Drôles de Guerre, de Godard, Introduction, IWOW: I Walk on Water e Celluloid Underground.
Por fim a Tribuna revisitou Breezy, um clássico de Eastwood, e as obras primas Metropolis, WALL-E e Frankestein.
