Julho de 2023 foi sinónimo do maior recorde de bilheteira desde que existe registo em Portugal. É incontornável que isso se deveu maioritariamente ao fenómeno global Barbenheimer, um marketing impiedoso que tornou Barbie e Oppenheimer verdadeiros colossos de bilheteira. Mas não foram só os filmes de Greta Gerwig e Christopher Nolan os responsáveis por esta afluência às salas. O novo Missão Impossível com Tom Cruise escalou também os números da bilheteira e o novo da Pixar, Elemental, bem como a continuidade de Indiana Jones, Insidious, Asteroid City e Spider Man: Across the Spider-Verse contribuíram fortemente. A experiência em sala não morreu: está viva e recomenda-se e pode ser que fique o bichinho para que tanto público regresse recorrentemente para ver outros filmes com menos marketing.
A Tribuna esteve como sempre atenta e foi ver muitos dos filmes que marcaram Julho. Tanto Barbie como Oppenheimer dividiram os Tribunos. O filme da boneca da Mattel foi desde 1 estrela a 4 estrelas, sendo recebido com grande divisão, mas foi o filme de Nolan que mais discórdia gerou, recebendo todas as classificações de 1 a 5. Enquanto uns acharam o filme sobre a bomba atómica uma obra-prima, outros consideram o filme mau e abaixo das expectativas. O filme de acção com Tom Cruise teve uma boa recepção indo do razoável ao muito bom. O novo da Pixar é uma comédia romântica inesperada que obteve uma grande recepção na Tribuna.
Vimos também o português Légua, o russo Captain Volgonogov Escaped e o espanhol 20000 Espécies de Abelhas, todos bem recebidos. Les Cinq Diables dividiu. Já Insidious: The Red Door, a primeira incursão de Patrick Wilson na realização, foi considerado um verdadeiro desastre. Último destaque para o francês À Plein Temps, o thriller do quotidiano francês muito acarinhado pela Tribuna.