Prémios Sophia 2025: Grand Tour, O Pior Homem de Londres, Ubu e os restantes vencedores

EquipaAbril 29, 2025

A 14.ª edição dos Prémios Sophia, organizados anualmente pela Academia Portuguesa de Cinema, decorreu este domingo, 27 de abril, no Casino Estoril, com mais uma gala de luxo, red carpet, sessões fotográficas e cocktails. A emissão em directo foi na RTP2, e a Tribuna do Cinema esteve presente. 

Grand Tour, de Miguel Gomes, era o filme com mais nomeações entre todos os presentes, e acabou por levar para casa as estatuetas para Melhor Filme, recebida por Filipa Reis, produtora do filme, e para Melhor Realização, atribuída a Miguel Gomes, aqui representado também por Filipa. O filme arrecadou também o Prémio Sophia para Melhor Montagem, para Telmo Churro e Pedro Filipe Marques.

O Pior Homem de Londres, realizado por Rodrigo Areias – uma produção de Paulo Branco – liderou a noite em termos de número de prémios: Melhor Actor Principal foi para Albano Jerónimo, Melhor Direcção de Arte para Ricardo Preto, Melhor Guarda-Roupa para Susana Abreu, e Melhor Maquilhagem e Cabelos para Bárbara Brandão e Natália Bogalho.

Albano Jerónimo vence o Prémio Sophia para Melhor Actor Principal

O produtor de cinema Paulo Branco foi também galardoado com o Prémio Sophia de Carreira 2025, que nesta edição contou com uma mensagem especial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Alguns favoritos da Tribuna do Cinema foram vencedores da noite: Ubu, de Paulo Abreu, ganhou a Melhor Direcção de Fotografia para Jorge Quintela, assim como a distinção de Melhor Argumento Adaptado para Paulo Abreu e André Gil Mata – este último realizou recentemente Sob a Chama da Candeia. Sofia Marques (realização), Isabel Machado (produção) e a produtora C.R.I.M receberam o Prémio Sophia para Melhor Documentário em Longa-Metragem para Verdade ou Consequência?, um filme a que aqui na Tribuna demos a distinção máxima de cinco estrelas.

Pela primeira vez nomeada, Rita Cabaço foi a vencedora na categoria Melhor Actriz Principal, com o filme O Vento Assobiando nas Gruas – João Arrais ganhou o prémio para Melhor Actor Secundário pelo filme Revolução (Sem) Sangue, e Teresa Madruga para Melhor Actriz Secundária pelo filme O Teu Rosto Será o Último.

Rita Cabaço, vencedora do Prémio para Melhor Actriz Principal, no filme O Vento Assobiando nas Gruas, de Jeanne Waltz

O filme sobre a história do povo indígena brasileiro Krahô, A Flor do Buriti, recebeu duas distinções para Melhor Argumento Original, de João Salaviza, Renée Nader Messora, Francisco Hyjnõ Krahô, Ilda Patpro Krahô e Henrique Ihjãc Krahô, e para Melhor Som, de Diogo Goltara, Pablo Lamar e Ariel Henrique.

No formato de curta-metragem, o prémio de Melhor Curta-Metragem de Animação foi atribuído a Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves. Kora, de Cláudia Varejão, venceu na categoria de Melhor Curta-Metragem de Documentário e À Medida que Fomos Recuperando a Mãe, de Gonçalo Waddington, em Melhor Curta-Metragem de Ficção.

Deixamos em anexo a lista completa dos vencedores. Importa também dizer que durante a cerimónia, o presidente da Academia Portuguesa de Cinema, Paulo Trancoso, anunciou o fim do seu mandato depois de 14 anos à frente da associação, e que as eleições para a presidência terão lugar em Dezembro de 2025.

 

Vencedores Prémios Sophia 2025

MELHOR REALIZAÇÃO
Miguel Gomes, Grand Tour

MELHOR FILME
Grand Tour, Filipa Reis (produção) – Uma Pedra no Sapato

MELHOR ATRIZ PRINCIPAL
Rita Cabaço, O Vento Assobiando nas Gruas

MELHOR ATOR PRINCIPAL
Albano Jerónimo, O Pior Homem de Londres

MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Teresa Madruga, O Teu Rosto Será o Último

MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
João Arrais, Revolução (sem) Sangue

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
Paulo Abreu e André Gil Mata, UBU, Adaptado a partir da obra “Ubu Rei” de Alfred Jarry

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
João Salaviza, Renée Nader Messora, Francisco Hyjnõ Krahô, Ilda Patpro Krahô e Henrique Ihjãc Krahô, A Flor do Buriti

PRÉMIO SOPHIA ESTUDANTE
Rogéria – Salvador Gil, ESAP.

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves

MELHOR CURTA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
Kora, de Cláudia Varejão

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
À Medida que Fomos Recuperando a Mãe, de Gonçalo Waddington

MELHOR SÉRIE/TELEFILME
Matilha, Realização de João Maia, Criação e Direção de Argumento de Edgar Medina, Escrito por Edgar Medina, Rui Cardoso Martins e Guilherme Mendonça

MELHOR MAQUILHAGEM E CABELOS
Bárbara Brandão e Natália Bogalho, O Pior Homem de Londres

MELHOR GUARDA ROUPA
Susana Abreu, O Pior Homem de Londres

MELHOR CARACTERIZAÇÃO/EFEITOS ESPECIAIS
Rita Anjos, Dave Bonneywell, José André e Carlos Almeida, A Semente do Mal

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Ricardo Preto, O Pior Homem de Londres

MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
Carolina Miragaia e Joana Niza Braga, BAAN

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Manga D’ Terra” – Autoria da letra e música de Luís Firmino e Eliana Rosa, Interpretação de Eliana Rosa, Manga D’Terra

MELHOR SOM
Diogo Goltara, Pablo Lamar e Ariel Henrique, A Flor do Buriti

MELHOR MONTAGEM
Telmo Churro e Pedro Filipe Marques, Grand Tour

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Jorge Quintela, UBU

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA-METRAGEM
Verdade ou Consequência?, Sofia Marques (realização), Isabel Machado (produção), C.R.I.M.